terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Três da manhã




São três da manhã. Os pensamentos deambulam em volta de memórias, memórias ainda quentes e os dejejos evadem os sonhos onde a imaginação atinge extremos de pura adrenalina, onde o único sentimento é a saudade, a saudade de voltar a sentir o prazer.

Ter nos braços quem se deseja, possuir por quem se ambiciona, por quem nos faz dar voltas na cama pensando em todos os segundos que vivemos naquele só momento, em todas as coisas loucas que cometemos, em todo o prazer que nos foi proporcionado! A vontade que nos percorre pela mente é apenas de dizer: segue-me, temos que ir a um lugar, vem comigo e não tenhas medo, a loucura ainda agora começou!

Relembramo-nos do percorrer do toque da nossa mão no corpo quente e vincado, do aspero cabelo e dos beijos suaves na delicada pele, da vibração no batimento do coração no peito dele e por fim... Vemos passar por nós as horas, porque depois da agitação a que nos expusemos, a nossa cabeça apenas gira em volta dos segundos em que nos sentimos bem, nos segundos em que tivemos prazer, nos simples segundos onde o nosso olhar não era mentira.

A vida costuma ser feita de ilusões e desilusões, onde o prazer, a excitação e a adrenalina não passam de mais uma brincadeira da nossa mente, no qual simbolizam desejos e medos.

Agora eu penso: se te dissesse aquilo que te queria dizer, chamarias-me de louca, no entanto, foste tu o louco, pois foste tu quem me mostrou o prazer e foste tu quem me deixou louca! Se as tuas intenções eram simples, eu lamento dizer-to, mas as consequências tornaram-se complexas e no final perdemos ambos o jogo, pois apaixonamo-nos...