sábado, 9 de abril de 2011

Why?

Uma vez disse, sem saber o porque de o dizer, que sentia amor, amor por uma vida. Sentimento incontrolável, sentimento inseparável, sentimento esse que era sentido por um ser. Sentimento sério, sentimento forte, é um sentimento inexplicável, é um sentimento doloroso e bondoso, é um sentimento feliz e infeliz, é um sentimento agradável e desagradável, é um sentimento sem significado. Simples e complexo, senti-mo-lo e deixamos do o sentir, mas nunca desaparece por completo. Não o queremos presente, não o queremos distante, não o queremos diariamente, quere-mo-lo simplesmente. Sentimos tudo, vive-mo-lo intensamente, magoa-nos fortemente, mas porque é que não desaparece simplesmente? Perguntas numa questão sem respostas. Acreditamos no futuro, construimos uma história, sonhamos com o que desejamos, vive-mo-lo intensamente e sem olhar para trás voltamos a cometer o mesmo erro de nos apaixonarmos. Estamos magoados, temos feridas grandes e profundas, temos dores e choramos desesperadamente, mas quando pensamos ter posto um ponto final no que sentimos, porque é que não o conseguimos? Somos livres de gostar, amar e odiar, somos livres de esquecer, mas porque é que nunca o fazemos? Estamos sempre presos à dor? Se magoa, porquê ficar presa a ela? Temos ciúmes, temos inveja, temos ódio, temos raiva e orgulho, destruimos tudo para termos o que queremos, lutamos por ambição e por possuir, seguramos, sem deixar partir, aquilo que pensamos ser nosso, ficamos presos. Não admitimos os sentimentos, escondemos o amor, magoamos amigos, perdemos amizades, somos monstros possuidores de enumeras armas de destruição. Torna-mo-nos pessoas falsas. Mas o sentimento não desaparece, continua sempre presente. Farto-mo-nos, afasta-mo-nos e simplesmente desprezamos. Agora acabou!

Acabou o sentimento!

Uma vez disse:


• maguida sophia (D) diz:


*agora pergunto-te eu, como é que te posso explicar o que é o amor se nunca tiveste a mão sobre um dorso ao qual dois olhares se fundem num só e nesse mesmo momento tens vestida a roupa da competição? Como é que te posso explicar o que é a dor se nunca te levaram o cavalo que tu mais gostavas para nunca mais o ver? Como é que te posso explicar o que é a luta se nunca lutaste por conseguir a confiança de um cavalo? Como é que eu te posso explicar o que é a tristeza se nunca ninguém te poribiu de montar? Como é que eu te posso explicar o que é o odio se nunca ninguém te deixou voltar a subir para cima do dorso de quem tu ajudas-te a crescer? Como é que eu te posso explicar o que é a felecidade se nunca sentiste o prazer da vitória de teres conseguido juntamente com o teu cavalo fazer o que quer que fosse que não conseguias? Como é que eu te posso explicar o que é o orgulho se nunca criaste com as tuas próprias mãos um cavalo desde que nasceu? Como é que eu te posso explicar o que é chorar se nunca viste um cavalo morrer-te nos braços? Como é que eu te posso explicar o que é sorrir se nunca viste um cavalo fazer uma festa por te ver? Como é que eu te posso explicar o que quer que seja se nunca acreditaste em mim e se nunca estiveste em cima de um cavalo ou comonicaste com ele como eu o faço há 8 anos?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Somos frágeis, somos inocentes, comentemos os mesmos erros vezes sem conta, perdoamos porque amamos, arrependemo-nos por dor, somos complicados, somos seres estúpidos, por vezes irracionais, somos atraentes por fora e conquistadores por dentro, mas a nossa verdade está inserida em mentira, está no vazio do momento, está simplesmente na falsidade do nosso ser.


Magoamos quem queremos, somos egoístas por natureza, somos cobardes, sentimos milhares de coisas, temos o mundo na palma da mão, temos o que queremos, onde queremos e como queremos, a vida é longa, longa de mais para ser vivida com gente incerta. Lutamos por possuir, lutamos por inveja, lutamos por ambição, lutamos para destruir aquilo que outros tentam construir, lutamos por simplesmente não sermos capaz de ser feliz com aquilo que temos. Somos orgulhosos, somos egocêntricos, tudo gira à nossa volta, tudo é prefeito para nós, tudo tem que ser nosso, crescemos na escuridão das sombras, sorrimos no vazio de um rosto, caminhamos num beco, às voltas.


Amizades grandes e fortes, douradoras e gloriosas, tornam-se amizades falsas, pequenas e frágeis, onde existe sempre alguém que sai magoado, porque no fim perde tudo, perde o céu, as estrelas e o sol, perde as nuvens e o vento, perde o amor que tinha, perde simplesmente a vida e tudo aquilo que tinha. Queremos partir, porque queremos fugir, estamos num canto, num beco sem saída, sem escape possível, estamos presos a sentimentos, estamos indecisos e isolados, estamos perdidos em nós, nos problemas, no que nos rodeia.


Criam-se esperanças, criam-se sorrisos, histórias de felicidade, criam-se ilusões e mentiras, criam-se sentimentos indesejáveis, o mundo é traiçoeiro, revelam-se dores que abrem feridas, feridas incuráveis, feridas profundas, feridas grandes e douradoras. Olhares profundos, sorrisos falsos, gestos incontroláveis, o mundo não acaba, mas começa agora a ter falhas, começa a mostrar o que é na verdade.


Somos seres indestrutíveis, somos indesejáveis, somos simplesmente o mal no meio do bem, somos o Diabo junto dos anjos, somos a perícia e a velocidade da dor, somos a profundidade da destruição, somos aquilo que criamos, somos os monstros do vazio, somos a beleza da infelicidade, somos a grandeza da solidão, queremos construir vida como? Apenas sabemos destruir.